Pedra de tropeço

Certa vez, durante as férias, fui caminhar numa estrada do interior. A estrada cortava a lavoura, e as pedras que se soltavam na estrada atrapalhavam os carros que passavam, dificultavam a caminhada e, se fossem colocadas na lavoura, impediriam o plantio. Inicialmente, pensei em deixar as pedras no caminho. Mas preferi fazer meu exercício com outro propósito: além de caminhar, fui tirando as pedras inconvenientes do caminho, tanto as maiores quanto as menores. Na maioria dos casos, consegui lugares próximos para colocá-las, mas outras precisaram ser carregadas por uma distância maior até encontrar um ponto apropriado para depositá-las. Por fim, fiquei feliz com o resultado, uma vez que nas próximas caminhadas não haveria mais pedras.

Ocorreu-me então que às vezes podemos ser pedras de tropeço para outras pessoas! Tive de orar e pedir perdão a Deus por todas as vezes em que, por meio das minhas atitudes, fiz pessoas “tropeçarem”, afastando-as de Deus. 

A leitura de hoje dá um exemplo de como podemos atrapalhar a caminhada de outros. É muito triste quando o simples fato de eu comer ou beber determinada coisa (ou torcer para certo time, ou insistir em alguma outra atitude específica) causa discussões, discórdias e inimizades que levem alguém a se afastar de Deus. O texto afirma que o Reino de Deus não é comida, nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (vs. 17-18). Aquele que desse modo serve a Cristo agrada a Deus e é aprovado pelas pessoas.

Em meu caminho, posso encontrar situações fáceis de resolver, mas outras serão mais delicadas, exigirão maior esforço, perseverança e sabedoria, como as pedras que precisei carregar para longe até achar o lugar ideal para elas. Importante mesmo é não deixar que elas atrapalhem os outros.