Parapeito

A lei mosaica definia regras e orientações para a vida do povo de Israel. Entre os deveres para com Deus e com o próximo, encontramos o verso da leitura de hoje: quem construísse uma casa teria de construir também um parapeito, para evitar quedas acidentais. O infrator seria réu do sangue de quem inadvertidamente dali caísse. Se a casa tivesse parapeito, o dono estaria livre de qualquer culpa. Ao ler essa ordenança, lembrei-me de um sermão que ouvi há muitos anos a respeito dessa orientação aparentemente tão prosaica. Tratava do dever dos pais de ensinar a seus filhos a levar Deus a sério. As escolhas serão responsabilidade deles, mas cabe aos pais criar a oportunidade para que eles aprendam. Muitos dizem ser cristãos, e até se lembram do Criador, mais ou menos como fazem ao precisar de um guarda-chuva: usam, depois o deixa de lado, até surgir a próxima necessidade. Para que seus filhos não cresçam assim, é responsabilidade dos pais construir “parapeitos espirituais”. Cabe a nós ensinar nas circunstâncias do dia a dia. Certo dia levei um susto com meu filho, na ocasião, com 7 anos. Ao procurá-lo para levar à escola, encontrei-o sentado, com a Bíblia aberta no colo, no exato lugar onde eu costumava ler e orar. Aprendi uma lição inesquecível: este garoto está de olho em mim! Meu desejo é que meus filhos amem a Deus, tenham uma vida cristã saudável e aprendam a viver neste mundo ligados às coisas eternas, ou seja, na retidão diante de Deus. Antes de orientar meus filhos, essas coisas precisam estar em meu coração. Filhos aprendem muito mais pelos olhos do que pelos ouvidos – seus filhos e filhas observam como você vive! Viva de forma a construir um sólido parapeito para eles.