Mãos do bem
Sábado, 26 de outubro
Mãos do bem
Leitura Bíblica:
Provérbios 3.25-28
SENHOR, trata com bondade os que fazem o bem (Sl 125.4a).
Certa vez, um perito da lei perguntou a Jesus: “quem é o meu próximo?” Em resposta, Jesus contou a parábola do Bom Samaritano (Lc 10.25-37). Fazer o bem sem olhar a quem, estender a mão a quem nos trata mal e olhar com amor para quem nos injuria são ações que nos trazem desconforto na hora de ajudar o necessitado, principalmente o desconhecido ou alguém que não é tão amado por nós. Acudimos com prazer aqueles que amamos, mas nem sempre o nosso irmão ou amigo é o próximo que precisa de auxílio. Recentemente, minha filha foi até a estação para pegar o metrô que a leva ao trabalho. Distraída, já estava se aproximando da catraca, quando um desconhecido correu até ela e lhe entregou o celular que um assaltante tinha acabado de roubar da sua mochila. Surpresa com o roubo e com a ação altruísta do rapaz que, corajosamente, tirou o celular das mãos do ladrão, ela perguntou a ele como poderia agradecer por tanta bondade, mas ele só a aconselhou a ter mais cuidado e atenção. Nem o nome dele ela conseguiu guardar no meio do susto e de tanta comoção. Por outro lado, há alguns meses, quando eu voltava da minha caminhada, fui atacada por um cão enquanto sua dona conversava com alguém em um carro estacionado. Ele veio com fúria e mordeu meus tornozelos. Apesar de ser pequeno e da mordida não ter sido profunda, levei um susto muito grande e senti bastante dor. Na casa ao lado, dois homens assistiram impassíveis à cena, e o motorista do carro partiu rapidamente para não se envolver na confusão. Quando a dona conseguiu levar o cachorro para dentro de casa, simplesmente fechou o portão e me deu as costas. Diferentemente de minha filha, eu me vi só numa rua vazia, sem qualquer mão estendida para me ajudar num momento de dor. Como cristãos, devemos sempre nos lembrar do que Jesus disse: “Como vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles” (Lc 6.31).
Zelene Reis, Itapeva/SP
Abra os olhos e estenda as mãos. Deus pode usá-las de maneira inesperada e maravilhosa na vida de quem sofre.