Casa de oração

A formação das civilizações está intrinsecamente ligada à religião. O desenvolvimento das nações sempre teve apoio da crença em algum deus e da organização de culto, cerimônias e de sacerdotes. É por isso que a religião sempre teve tanto poder ao estabelecer a autoridade dos governantes, que muitas vezes exploravam o povo financeiramente e deturpavam o seu propósito original. A busca por Deus é fundamental para o ser humano, mas há pessoas que se aproveitam disso sem qualquer escrúpulo. A Bíblia denuncia o uso indevido da religião. Esse é um dos motivos pelos quais há tantas regras sobre a adoração ao Deus único e verdadeiro. O uso indevido da religião fez o povo de Israel sofrer o castigo do Senhor nas mãos de potências estrangeiras. A história do retorno do povo do exílio babilônico, descrita nos livros de Esdras e Neemias, também é uma reconstrução da prática religiosa correta. O templo foi reerguido para que houvesse um lugar de adoração e ensino a respeito de Deus, que serviria não apenas para o povo escolhido, mas como uma casa de oração para todos os povos, conforme lemos no versículo em destaque. Ao entrar no templo, Jesus ficou tão indignado que expulsou aqueles que faziam comércio e exploração com os viajantes ao invés de acolher aqueles peregrinos que pretendiam apresentar seus sacrifícios ao Senhor. Jesus compara os religiosos de sua época com os idólatras dos dias de Jeremias, que transformaram o templo de Jerusalém em um “covil de ladrões” (Jr 7.11). É lícito que pessoas que ensinam e trabalham para a promoção do Evangelho tenham seu sustento digno, mas sem obter riquezas materiais avultantes e passageiras! O lucro mais precioso que podemos ter é a salvação em Jesus e sermos usados para a transformar pessoas perdidas em novos seres humanos que vivem para Deus.