Genealogia

Genealogia tem relação com história de antepassados que podemos conhecer, ter conhecido ou não. O fim do livro de Rute é peculiar, pois genealogias costumam ser registradas no início de textos, mas aqui é o contrário. Talvez pudéssemos perguntar: esse relato é realmente um final? Particularmente, creio que esse é um início especial e não um fim, a saber: o início da história genealógica de Jesus Cristo. Deus foi bondoso ao permitir que conhecêssemos a genealogia de Cristo porque ela está cheia de sua graça. Sim, o Antigo Testamento revela muita graça! Vemos que, entre os ancestrais de Cristo, há uma mulher de origem moabita – povo descendente da união incestuosa de Ló com sua primogênita (Gn 19.37). Deus é aquele que não olha para raças, genealogias ou coisas que pareçam fundamentais. Ele é aquele que transforma tragédias em riso, amor e graça. É isso que o relato ensina. Não devemos desprezar nossa genealogia por ter nela algo desagradável; possivelmente muitos têm algo em sua história que não gostem. Também não devemos supervalorizá-la. O mais importante é entender que Deus transforma a sua história e as suas próximas gerações para a glória dele. Qualquer um pode encontrar refúgio em Deus, e ele pode fazer em sua vida algo inimaginável! Quando Rute ficou viúva e permaneceu junto de sua sogra, Noemi, certamente não imaginava o que estaria por vir. Rute não se preocupou consigo mesma, apenas honrou e respeitou os seus, permanecendo fiel à família de seu falecido esposo. A bênção de ter seu nome junto à genealogia de Davi, ascendente de Cristo, é apenas um pouco daquilo que Deus fez na história de Rute.

Você pode convidar Deus a escrever sua história, como fez Rute, pois, a partir de você, novas genealogias surgirão e novas histórias poderão ser escritas. Lembre-se de que tudo pode ser diferente se Deus guiar sua vida.