"Negar"

“Cristo” vem de uma palavra grega que correspondente a outra, de origem hebraica: Messias, o Ungido – título dado a alguém que, por muitos séculos, foi aguardado pelo povo de Israel, que suspirava por sua chegada. Numerosas profecias do Antigo Testamento alimentavam tal expectativa: já desde Moisés havia a expectativa de um grande profeta; em outras profecias, seria um descendente do rei Davi. A visão popular da missão do Cristo aguardava uma restauração sociopolítica. Ou, especificamente nos dias do ministério terreno de Jesus, que o Messias livraria a nação do poderio de Roma, que então dominava a maior parte do mundo conhecido, inclusive a nação de Israel. Mesmo entre seus discípulos, quando o Senhor andava neste mundo, cada sinal miraculoso era a comprovação de que Jesus era o Messias prometido que devolveria a glória de Israel. Uma expectativa equivocada: a missão de Jesus era muito maior do que resolver o problema das difíceis circunstâncias políticas que a nação atravessava. Sua missão foi reabilitar um mundo sujeito à morte e à destruição como consequência de sua rebeldia contra seu Criador. Ao longo dos séculos, a fé em Jesus Cristo tem transformado incontáveis vidas. Pelos registros dos evangelhos, podemos verificar que ele deixou claro o seu papel: sem rodeios, declarou ser ninguém menos que o próprio Deus, quando declarou: “Antes de Abraão nascer, Eu Sou!” (Jo 8.58). Isso gerou a fúria dos judeus que imediatamente entenderam que ele reivindicava ser o próprio Deus. O Senhor declarou que veio para dar sua vida em resgate de muitos, e foi apresentado por João Batista como o Cordeiro de Deus (Jo 1.29), exatamente em referência à sua morte sacrificial. Jesus deixou claro que a reconciliação com o Pai obrigatoriamente passava por ele: o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6).