Falso amigo
Sábado, 14 de setembro
Falso amigo
Leitura Bíblica:
Marcos 3.13-19
Judas Iscariotes dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes e lhes perguntou: “O que me darão se eu entregar [Jesus] a vocês?” E lhe fixaram o preço: 30 moedas de prata. Desse momento em diante, Judas passou a procurar uma oportunidade para entregá-lo (Mt 26.14-16).
Como alguém que viveu ao lado de Jesus por cerca de três anos, viu seus milagres, ouviu seus ensinos sobre desonestidade, falsidade e amor pelas riquezas, não mudou de comportamento? Consigo pensar em duas respostas: Conflito de interesses e incredulidade. Judas pertencia aos “zelotes”, grupo que defendia a luta armada contra o domínio romano. Jesus afirmava ser o Messias e anunciava um novo Reino. Judas esperava que ele libertasse Israel politicamente. Quando percebeu que não era essa a intenção de Jesus, desiludiu-se. Mas, e quanto a tudo o que viu? Sua incredulidade não permitiu que aceitasse o real propósito da vinda de Jesus. E decidiu traí-lo. A atitude interesseira e a incredulidade de Judas são vistas em nossos dias. Muitos se declaram cristãos, vão à igreja regularmente, ouvem a Palavra, mas não tomam para si o que ouvem, não deixam que esses ensinos transformem sua vida e seu caráter, o que vai se refletir em todos os seus relacionamentos. Gostam da parte do “Venha o teu Reino”, mas não gostam do “tome a sua cruz”. Alguns querem sucesso financeiro. Outros querem solução para os seus problemas. Não é errado orar a Deus pedindo sua bênção sobre nossa vida financeira ou sua direção/intervenção em alguma situação de nossa vida, mas, e se a vontade de Deus for outra? E tem os que são desonestos em seus negócios, mentem em seus relacionamentos, vivem uma vida moral desregrada. Podem não admitir, mas estão agindo como Judas, que fechou os olhos e o coração para a bondade e para tudo que poderia absorver enquanto viveu ao lado de Cristo. E nós, como temos agido? Traímos Jesus diariamente com nossas ações ou temos agido como amigos de verdade?
Manoel de Jesus Thé, São Paulo/SP
Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno (Jo 15.14).