Fazer o bem

Os dias são maus. Paulo escreveu esta verdade na carta aos Efésios, e ele não se referia apenas a dias atribulados, como os que vivemos, mas a uma maldade sistêmica. O mal é feito de forma constante por aqueles que são filhos da maldade. Os filhos de Deus, alcançados pela bondade do seu amor, são alvos constantes da maldade dos inimigos do Senhor. Aos Gálatas, Paulo ensina de forma bem didática elementos que nunca devem sair da consciência dos cristãos. A mensagem central que fica é: vocês, que foram verdadeiramente alcançados, não devem retroceder um passo sequer ao caminho de onde foram tirados. O capítulo 6, de Gálatas, traz conselhos quase paternais de um apóstolo que sofria as dores dos erros daqueles cristãos, como: “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (v.9). Por mais que sintamos o clima hostil e os dias maus nos cercando, somos chamados a não nos cansarmos de fazer o bem. Como posso fazer o bem? Comece orando por aquelas pessoas que não lhe querem bem. Deus as ama e elas podem ter sido colocadas no nosso caminho como desafios de oração. É preciso agir em prol delas. Fazer o bem implica disposição a servi-las. Além disso, é fundamental que não alimentemos o mal. Por vezes, infelizmente, favorecemos, de forma indireta, os dias maus. Falar mal de alguém, criticar algo por “birra” ou tratar com demérito aqueles de quem não “gostamos” nos impedem de praticar o bem. O bem que devemos fazer deve ser algo natural, não forçado para obter uma recompensa. O que colheremos? Apenas Deus sabe. Ele cuida de todos os detalhes. O que não pode sair de nossa mente é o impacto que o bem que fazemos (em Deus, porque somos incapazes de sermos bons em plenitude) trará às pessoas. Os dias são maus, mas não nos cansemos de fazer o bem porque é o natural daqueles que têm o caráter de Cristo.