Meu prazer

Um dos livros mais publicados depois da Bíblia é a obra de John Bunyan, “O Peregrino”. Sou fascinado por esse livro e já o li mais de uma vez. Ele relata, de forma fictícia e fantasiosa, a peregrinação do cristão desde o momento em que recebe a mensagem de que, sem Cristo, está condenado ao sofrimento eterno até a sua entrada na morada celestial para habitar eternamente com Jesus. Essa obra foi escrita em meio ao sofrimento do autor, quando estava preso pelo fato de pregar o evangelho: a mensagem de perdão e reconciliação com Deus por meio da fé em Jesus. Em seu cárcere, apenas um livro o acompanhava e era de onde tirava conforto, consolo e prazer nos momentos de solidão e sofrimento: a Bíblia. O Salmo 119 traz ricos ensinamentos e, em especial, o versículo 92, que nos faz pensar sobre as muitas pessoas que estão em situação semelhante à vivida por Bunyan. Ainda hoje, há muitas pessoas perseguidas e presas unicamente por serem cristãs. Muitas estão em países em que ter uma Bíblia é crime passível de punições absurdas. E esses irmãos na fé têm na Palavra do Senhor o seu prazer em meio ao sofrimento. Como lidamos com a Palavra de Deus em nosso dia a dia? Seria necessário que fôssemos presos para termos real prazer na Palavra mesmo diante do sofrimento? Será que é tão difícil considerá-la tão preciosa para nós? Fato é que há muitos cristãos que sofrem, mas a Palavra tem sido o prazer deles apesar do sofrimento. Penso que podemos e devemos orar por esses irmãos. Oremos ao Senhor para que seja total nosso prazer no estudo de sua Palavra independentemente da situação. Às vezes, deixamos a Bíblia de lado quando estamos bem, mas nos apegamos a ela nos momentos de aflição. Que Deus nos faça amar verdadeiramente as Escrituras e nos deleitar em sua Palavra diante toda e qualquer circunstância.